sábado, 21 de novembro de 2009

A história do homem do dedo cortado



Uma mulher encontrava-se a noite sozinha em sua casa quando o telefone tocou.
Do outro lado da linha era a voz estranha de um homem dizendo:
_ Eu sou o homem do dedo cortado e estou chegando a seu país!
A mulher pensou em ser um trote e simplesmente desligou o telefone e continuo em seus afazeres. Após algumas horas o telefone toucou novamente e a voz dizia:
_ Eu sou o homem do dedo cortado e estou chegando ao seu estado!
A mulher desligou o telefone em principio ficou um pouco preocupada, mas logo esqueceu e continuo seus afazeres. Novamente o telefone tocou e a voz dizia:
_ Eu sou o homem do dedo chegado e estou chegando à sua cidade!
A mulher começou a ficar com medo e se preocupar, pensou em ligar para a polícia, mas eles não acreditariam. Logo o telefone tocou novamente:
_ Eu sou o homem do dedo cortado estou chegando ao seu bairro!
A mulher ficou desesperada, não sabia o que fazer e tomou coragem e decidiu ligar para a policia. Antes de pegar no telefone ele tocou novamente:
_ Eu sou o homem do dedo cortado e estou chegando à sua rua!
A mulher se desesperou e tentou achar um lugar para se esconder, mas o telefone tocou novamente:
_ Eu sou o homem do dedo cortado e estou chegando ao seu portão!
Ela resolveu sair correndo. Quando ela abriu a porta, deu de cara como um homem com o dedo cortado:
_ Eu sou o homem do dedo cortado! Me empresta um band-Aid?


História enviada por Sueli Monzani

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Galinha com dentes

Pelo cerrado vinha, bailarina, uma franguinha.
Pezinho na frente, outro atrás, uma ciscadinha. Depois, perna jogada pra um lado, perna jogada pro outro, algumas bicadinhas.
Sorrateira, toda sorrisos e gentilezas, a esperta raposa avistou a inocente franguinha. Cumprimentou-a e foi logo perguntando se não sentia medo durante a noite.
_ Muito, amiga raposa. Tremo, suo frio, tenho arrepios e horríveis pesadelos!
Mal consigo dormir...
_ Ora, por isso não. Vou visitá-la hoje à noite e ninguém terá coragem de incomodar a companheira. Vai ser uma tranqüilidade, você vai ver...
A ingênua franguinha, satisfeita, continuou seu passeio e, quando encontrou o camarada cachorro, alegremente, ela foi contando a novidade:
_ Amigo cão, estou agora em paz. Tudo pela bondade da camarada raposa_ e contou tudo.
Admirado, ele falou:
_ Mas você está maluca, amiga? Onde já se viu raposa visitar galinha? Será o seu fim!
Ela quase desmaiava quando o cão lhe prometeu:
_ Nem tudo está perdido. Darei um jeito nisso.
Pouco antes do sol se pôr, o cão escondeu-se no quartinho da casa da amiga.
_ Fique calada, não dê um piozinho! Se der, baú, baú: Uma frangota vai pro papo da rapasota!
Quando a raposa chegou com sua dentadura à mostra, foi procurando a ingênua franguinha, mas teve aquela surpresa! Levou uma tremenda dentada.
Como tudo aconteceu muito rápido e no escuro, a raposa não soube quem a tinha ferido. Fugiu espavorida, dolorida, além de bastante machucada.
No dia seguinte, no mato, a raposa, confusa e ainda tremendo de medo, contou para os companheiros:
_ Vocês não vão acreditar! Imaginem que, pela primeira vez, encontrei uma galinha com dentes!!!


AUTOR: Lúcia Pimentel Góes
Enviado Neusa Cia

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Carinhos Quentes



Era uma vez um casal que se chamava Antonio e Maria. Tinham dois filhos e moravam felizes, numa cidadezinha do interior. Naquele lugar, todos, ao nascerem, recebiam um saquinho de carinhos. Cada vez que uma pessoa colocava a mão no saquinho, retirava de lá um carinho quente. Esses carinhos quentes faziam as pessoas se sentirem aconchegantes e cheias de amor umas pelas outras.

Todos ali sabiam que quando uma pessoa não recebia carinhos quentes, corria um sério risco de pegar uma doença, que as fazia murchar e morrer.

Era muito fácil receber carinhos quentes. Bastava pedir a alguém.

A pessoa que dava o carinho quente, colocava a mão na sacolinha, retirava de lá o carinho, que se expandia com uma luz, que podia ser colocada no ombro, na cabeça, ou no colo de quem estava recebendo o carinho quente.

Escondida numa caverna, uma bruxa má estava muito chateada porque naquela cidade ninguém ficava doente, para comprar os seus ungüentos. Além do mais, os carinhos quentes eram distribuídos a todos, de graça e, por isso, o acesso era livre. Assim, eram todos felizes.

Então, a bruxa inventou um plano muito malvado, que faria as pessoas comprarem os seus remédios. Vestiu seu disfarce e, numa manhã, foi até a casa de Antonio, fingindo ser sua amiga. “Olha, Antonio, veja os carinhos que Maria está dando aos filhos. Se ela continuar assim, vai consumir todos os carinhos com as crianças e, com o tempo, não sobrará nenhum carinho para você.”

Perplexo, Antonio perguntou:”Quer dizer, então, que não é sempre que existe um carinho quente na sacola?”

“Claro que não”, respondeu a bruxa. “O mais grave é a notícia que vou lhe dar em primeira mão, porque sou sua amiga: todos os carinhos quentes estão acabando. Cada pessoa tem que economizar o seu carinho e só usar quando for numa ocasião muito importante”.

Preocupado, Antonio começou a reparar cada vez que Maria dava um carinho a alguém ou aos filhos. Começou a se queixar para ela, alegando que ela dava mais carinho para os filhos e amigos do que para ele. Aos poucos, Antonio reservou seus carinhos quentes, apenas para Maria, e em doses homeopáticas. As crianças, percebendo a ausência de carinhos, começaram, também, a economizar os seus. Dia após dia, todos foram ficando mesquinhos.

Rapidamente, a história de que os carinhos quentes iriam acabar, tomou conta da cidade. Todos passaram a guardar seus carinhos. Assim, aos poucos, as pessoas foram ficando doentes e, cada vez mais gente ia comprar os remédios da bruxa.

Assustada com o crescimento da clientela, a bruxa começou a vender carinhos falsos, que imitavam perfeitamente os carinhos quentes, mas não surtiam os mesmos efeitos. Enganadas, as pessoas não morreriam, mas continuariam a comprar seus ungüentos e poções. A situação ficou grave, porque, a cada dia, havia menos carinhos quentes, e esses ficaram valiosíssimos. As pessoas, então, tentavam de tudo para conseguí-los.

Antes da chegada da bruxa, as pessoas se juntavam nas calçadas, em grupos de três, cinco, até mais, para darem carinho umas às outras. Agora, a situação estava tão grave que, se alguém desse um carinho quente para outra pessoa, logo se sentia culpada.Assim, o comércio da venda de carinhos quentes falsos começou a crescer. As pessoas, que não conseguiam encontrar parceiros generosos, que lhes dessem carinhos quentes, precisavam trabalhar para comprar carinhos falsificados.
Então, naquela cidade, se multiplicaram as possibilidades de venda de carinhos. Até espinhos frios foram revestidos com uma cobertura branquinha e estofados, para imitar os carinhos quentes. Ah! Apareceram, também, os carinhos de plástico, que faziam as pessoas se sentirem bem, por alguns instantes, mas logo ficavam mal.
Num belo dia, chegou àquela cidade, uma mulher especial. Ela desconhecia a história do fim dos carinhos quentes e distribuía carinho a todos e de graça, mesmo a quem não tivesse pedido. As crianças gostavam muito daquela mulher e passaram a chamá-la de pessoa especial. Aquela mulher dizia que, quanto mais carinhos as pessoas dessem às outras, melhor elas se sentiriam. Era como uma recarga de novas energias, em forma de carinhos quentes. Os adultos, preocupados, fizeram uma lei dizendo ser crime distribuir carinhos quentes sem uma licença.
Mesmo assim, as crianças daquele lugar, ainda hoje, teimam em trocar carinho com a pessoa especial.

História enviada por Edileusa Menezes, retirada do blog: Proportoseguro.blogspot.com

A Esperteza do Macaco




Contam que, certa vez, o Compadre Macaco queria se casar com a filha da Comadre Onça. O problema é que o Compadre Calango também queria e eles não entravam num acordo.
Quando o Macaco soube das intenções do Calango, correu na casa da Onça (correu é modo de dizer) e disse a ela que o Calango não era de nada, que ele era na verdade o seu cavalo.
Quando o Calango soube disso, correu na casa da Onça e disse que aquilo era mentira e que iria buscar o Macaco par dar-lhe uma lição ali mesmo, na frente da casa da Comadre.
O Macaco estava em casa descansando quando o Tico-Tico voou e avisou o que estava acontecendo e que o Calango estava indo pra lá. Compadre Macaco, esperto como ele só, amarrou um lenço na cabeça fingindo que estava doente e começou a gemer de dor.
Quando o Calango chegou e chamou o Macaco, ele respondeu com a voz bem fininha que estava muito doente e que não poderia sair para atendê-lo.
O Calango disse que queria que ele fosse com ele até a casa da Comadre Onça para desfazerem um mal entendido. O Macaco deu um monte de desculpas, dizendo que não podia nem levantar da cama, que estava muito doente e não tinha como acompanhar o amigo. O Calango teimou tanto, mas teimou tanto, que o Macaco lhe disse:
__ Olha Compadre, poderia ir se você me levasse nas costas.
__ Olha Compadre Macaco, posso até te carregar, mas só se for até a capoeira atrás da toca da Onça.
__ Combinado Compadre Calango, mas deixe-me colocar meu arreio e sela em você porque tenho medo de cair e já estou doente e fraco.
__ De jeito nenhum , não sou cavalo.
__ Sinto muito, mas então eu não vou.
O calango vendo que não tinha outro jeito de levá-lo acabou concordando.
O Macaco colocou a sela e o arreio e ainda pediu:
__ Compadre, agora preciso colocar minha rédea para eu não cair.
Nova discussão, mas o Macaco convenceu a colocar sua rédea e até um par de esporas.
O Macaco montou na sela, no lombo do Calango, e os dois se encaminharam para a toca da Onça. Quando chegaram perto da capoeira da mata, o Calango pediu:
__ Compadre, tire estes apetrechos todos que assim fica muito feio pra mim. Vão achar que eu sou seu cavalo.
__ Calango Compadre- replicou o Macaco- estou tão doente que nem me agüento em pé. Ande mais um pouquinho só.
Caminharam mais um pouco e novamente o Calango pediu ao Macaco que descesse e tirasse tudo aquilo. E o Macaco , esperto e malandro dizia:
__ Paciência Compadre, estou muito doente e não posso caminhar. Mais um pouquinho só.
E assim foi. O Macaco enrolou, enrolou e o Calango acabou chegando na porta da toca da Onça. Quando chegou lá, o Macaco bateu com as esporas no Calango e gritou:
__ Olha só, Não disse que o Calango era o meu cavalo?
Venham todos ver o meu cavalo.
Todos os bichos se reuniram em volta do Macaco dando muitas risadas. O Macaco, vitorioso, gritou para a filha da Onça:
__Venha moça, monte na minha garupa e vamos nos casar.
Depois disso, o Compadre Calango nunca mais falou e nem se meteu com o Compadre Macaco.
E entrou por um pé de pinto, saiu por um pé de pato.
Quem quiser que conte quatro.

História Enviada por Neusa Lúcia Braga Cia