sexta-feira, 25 de março de 2016

Um Conto de Páscoa

Três irmãos disputavam a mão de uma princesa. Mas o rei declarou que só se casaria com sua filha o pretendente que lhe trouxesse um ramo de folhas de ouro que havia bem no meio da floresta.
 Partiram então os três, cada um por um caminho. O mais velho chegou a uma pedra onde estava um anãozinho. Este o cumprimentou e lhe pediu de comer. O irmão mais velho, porém, respondeu que tinha um longo caminho pela frente e que não podia repartir com ele seu lanche. E foi seguindo até que encontrou uma borboleta muito grande e logo teve vontade de pegá-la. Mas a borboleta foi voando, voando e, assim, atraiu-o a uma clareira onde havia tantas borboletas esvoaçando que o deixaram completamente estonteado. Começou, então a persegui-las com raiva, até que chegou a um lugar cheio de lindas folhagens. Contudo, ali habitavam lagartas negras, e só o que elas faziam era queimar quem se aproximasse. E o irmão mais velho perdeu-se na floresta.
 Com o irmão do meio aconteceu a mesma coisa. O mais moço, porém, dividiu seu lanche com o anãozinho. Este, então, disse-lhe que encontraria uma linda borboleta, mas que não devia segui-la. “Logo acharás outra e essa é que vai levá-lo a um lugar onde habitam muitas borboletas” – disse o anãozinho. “E é lá que vive um coelho encantado”. O irmão mais moço seguiu em tudo o conselho do anão. Não seguiu a primeira borboleta, mais sim a segunda, encontrou a terra das borboletas e o coelho encantado. Este o levou a um jardim oculto onde, entre folhagens raras, ele achou o ramo das folhas de ouro.
 O coelho deu-lhe o ramo de presente e o moço levou-o ao rei, e assim o irmão mais moço casou-se com a princesa.



Autor Desconhecido.

quinta-feira, 17 de março de 2016

A LENDA DO UIRAPURU




Conta a lenda que o Uirapuru, pássaro que vive nas matas da Amazônia, foi originado de uma triste história de amor.
Em uma tribo indígena que habitava o sul do Brasil duas índias se apaixonaram pelo chefe da tribo.
Para ser justo na escolha de sua esposa o cacique resolveu que se casaria com aquela que tivesse a melhor pontaria, e dando a cada uma delas uma arco e flecha, mandou que atirassem em determinado alvo.
Somente uma delas conseguiu acerta o alvo tornando-se, portanto, a esposa do cacique.
A outra índia que errou o alvo chamava-se Oribici, ficou muito triste, chorou muito, inconformada por perder o seu amor. Pediu a Tupã, o Deus indígena, que a transformassem em um pequeno pássaro para que pudesse visitar o seu amado sem ser percebida.
Tupã, penalizado pelo sofrimento da jovem, resolveu fazer a sua vontade e a transformou em um passarinho de cor verde musgo e calda amarelada, para facilitar sua camuflagem na mata, e assim pode Oribici visitar o seu amor, mas quando foi visitá-lo ela percebeu o quanto o índio amava a sua esposa.
Oribici então, para se livrar de seu sofrimento, resolveu abandonar a sua tribo e voou para as matas do norte do Brasil. Vive hoje na floresta Amazônica e o Tupã para consolá-la deu a ela um canto melodiosos.
Quando o Uirapuru começa a cantar todos os outros pássaros se calam para o seu maravilhoso canto.