Nicolau é também conhecido por
São Nicolau de Mira e de Bari. Venerado, amado e muito querido por todos os
cristãos do Ocidente e do Oriente. É um dos santos mais popular da Igreja. É o
padroeiro da Rússia, de Moscou, da Grécia, de Lorena, na França, de Mira, na
Turquia, e de Bari, na Itália, das crianças, das moças solteiras, dos
marinheiros, dos cativos e dos lojistas. Por tudo isso os dados de sua vida se
misturam às tradições seculares do cristianismo.
Filho da nobreza, Nicolau nasceu
na cidade de Patara, na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no
ano 250.
A tradição diz que os pais de
Nicolau, muito ricos e extremamente religiosos. Nicolau era uma criança com
inclinação à virtuosidade espiritual, pois nas quartas e nas sextas-feiras
rejeitava o leite materno, ou seja, já praticava jejum voluntário. Quando
jovem, desprezava os divertimentos e vaidades, preferindo frequentar a igreja.
Costumava fazer doações anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e
aos pobres.
Mais tarde, quando já era bispo,
um pai, não tendo o dinheiro para constituir o dote de suas três filhas e poder
bem casá-las, havia decidido mandá-las à prostituição. Nicolau tomou
conhecimento dessa intenção, encheu três saquinhos com moedas de ouro, o dote
de cada uma das jovens, para salvar-lhes a pureza. Durante três noites
seguidas, foi à porta da casa daquele pai, onde deixou o dote para uma delas
como presente. Desse fato veio a sua fama de dar presentes para salvar as almas
das ciladas do demônio.
Foi consagrado bispo de Mira,
atual Turquia, quando ainda muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na
Palestina e no Egito. Mais adiante, durante as perseguições do imperador
Diocleciano, foi aprisionado até a época em que foi decretado o Edito de Constantino,
sendo finalmente libertado.
Segundo alguns historiadores, o
bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325, no
qual foi condenada a heresia ariana. Na abertura desse concílio, o imperador
Constantino ajoelhou-se diante de São Nicolau e de outros santos varões que
haviam padecido na última perseguição, e beijou com respeito suas gloriosas
cicatrizes.
Foi venerado como santo ainda
quando estava vivo, tal era a fama de taumaturgo que gozava entre o povo
cristão da Ásia. Morreu no dia 6 de dezembro de 326, em Mira. Logo, o local em
que fora sepultado se tornou meta de intensa peregrinação.
Suas relíquias foram
transportadas para Bari, no sul da Itália, onde até hoje são objeto de grande
veneração. Seu culto se propagou em toda
a Europa.