sexta-feira, 21 de março de 2008

História da Bibliotecária

Roberto Isler

Era uma menininha, muito sabida. Nascida de família de poucas posses, mas de uma mãe de muuuuuuuuuuito carinho.
A meninha, era esperta que só. Assim que entrou na escola, se apaixonou pelas palavras. Adorava contos de fadas e contos de bruxa.
Um dia conheceu a biblioteca pública. Ficou encantada com aquele mundão de livros. Era livro de todo tipo, tinha livro de aventura, romance, terror e histórias acontecidas e inventadas.
Rapidamente fez sua ficha e passou a devorar livros e mais livros.
Viajava nas linhas das histórias, indo a lugares inimagináveis.
O tempo passou e nossa menininha foi crescendo e lendo, crescendo e lendo...
Até que um dia aconteceu! Ela precisou trabalhar, pois já era uma mocinha. Então, prestou concurso na prefeitura como auxiliar de escritório,passou e que sorte, começou trabalhar na biblioteca, naquele paraíso em forma de livros.
O tempo continuou passando e ela trabalhando, até que um dia a bibliotecária lhe perguntou:
-Você não vai fazer faculdade, não? Já faz oito anos que você trabalha aqui!
_ Ai, Fazer faculdade é uma dificuldade...É caro demais.
A bibliotecária chegou bem perto e sussurrou,- Educação não tem o preço. É um presente que se dá pra gente!
A menininha, ficou com aquilo na cabeça.
-Educação é presente que se dá pra gente... Educação é presente que se dá pra gente...
Até que resolveu tentar.
Fez a inscrição no último dia, na última hora e prestou o vestibular. Pronto! Passou. – Agora é que vinha outro problema. Como pagar a faculdade, como, pagar o transporte,m como pagar os materiais, como conciliar o trabalho? Ai, vai dar trabalho.
Cada vez que desanimava lá estava à mãe dando força:
- Calma, devagar se vai ao longe. Tenha fé, que você vai vencer!
Aquilo enchia de ânimo a menininha, que enfrentou tudo. O cansaço, o sono, a falta de dinheiro e de tempo.
Ela saía antes do sol acordar e voltava pra casa depois que o sol ia dormir. Foram muitos e muitos dias sem sair pra se divertir, só estudando.
Alguns criticavam:
-Não sei por que, estudar tanto. Essa menina ainda vai acabar ficando tonta de tanto ler...
-Deve ser para aparecer.
-Onde já se viu pobre fazer faculdade, que absurdo!
- Ela não vai da conta. É fogo de palha. Logo apaga.
Mas a menininha, nem te ligo. Enfiava o nariz nos livros. Aquela criatura tinha um objetivo.
Resultado da história. O tempo passou, ela se formou, novo concurso prestou e passou.
Sabem pra quê?
Para bibliotecária, e passou em primeiro lugar. Assumiu o cargo e revolucionou a biblioteca onde trabalha.
Quem tinha cara emburrada, “desemburrou”, quem tinha cara feia, “desenfeiou”, quem tinha cara desanimada, “reanimou”. E quem não acreditava, acreditou.
Como sua mãe dizia: Devagar se vai ao longe. Tenha fé que um dia você vence.
A menininha acreditou e no dia da formatura, abraçou a mãe e pensou:
- Vim, vi e venci!
A ela parabéns. Valeu!


(História escrita e enviada por Roberto Isler)

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