Existe uma lenda africana que nos conta que houve um tempo em que na Terra não havia histórias para se contar, pois todas pertenciam a Nayane, o Deus dos céus.
Kwaku Ananse, o homem Aranha, queria comprar as histórias de Nyame, o Deus do céu, para contar ao povo de sua aldeia, então por isso um dia, ele teceu uma imensa teia de prata que ia do céu até o chão e por ela subiu. Quando Nyame ouviu Ananse dizer que queria comprar as sua histórias, ele riu muito e falou:
_ O preço de minhas histórias, Ananse, é que você me traga Osebo, o leopardo de dentes terríveis, Mmboro os marimbondos que picam como fogo e Moatia a fada que nenhum homem viu.
Ele pensava que com isso, faria Ananse desistir da idéia, mas ele apenas respondeu:
_Pagarei seu preço com prazer,ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.
Novamente o Deus do céu riu muito e falou:
_Ora Ananse, como pode um velho fraco como você, tão pequeno, tão pequeno, tão pequeno, pagar o meu preço?
Mas Ananse nada respondeu, apenas desceu por suas teias de prata que ia do céu até o chão para pegar as coisas que Deus exigia. E correu por toda a selva até que encontrou Osebo, leopardo de dentes terríveis.
Aha, Ananse!. Você chegou na hora certa para ser meu almoço.
Oque tiver de ser será, disse Ananse. Mas primeiro vamos brincar do jogo de amarrar?
O leopardo que adorava jogos, logo se interessou.
Como se joga esta jogo?
Com cipós, eu amarro você pelo pé e pelo pé com o cipó, depois eu desamarro, ai, é a sua vez de me amarrar. Ganha quem amarrar e desamarrar mais depressa.
Muito bem - rosnou o leopardo que planejava devorar o Homem Aranha assim que o amarrasse.
Ananse, então, amarrou Osebo pelo pé, pelo pé, pelo pé e pelo pé, e quando ele estava bem preso, pendurou - o amarrado a uma árvore dizendo:
_Agora Osebo, você está pronto para encontrar Nyame o Deus do céu.
Ai, Ananse cortou uma folha de bananeira, encheu uma cabaça com água e atravessou o mato alto até a casa de Mmboro. Lá chegando, colocou a folha de bananeira sobre sua cabeça, derramou um pouco de água sobre si, e o resto sobre a casa de Mmboro dizendo:
_ Está chovendo, chovendo, chovendo, vocês não gostariam de entra na minha cabaça para que a chuva não estrague suas asas?
Muito obrigado! Muito obrigado! - zumbiram os marimbondos entrando para dentro da cabaça que Ananse tampou rapidamente.
O homem Aranha, então, pendurou a cabaça na árvore junto a Osebo dizendo:
_Agora Mmboro, você está pronto para encontrar Nyame o Deus do Céu.
Depois, ele esculpiu uma boneca de madeira, cobriu - a de cola da cabeça aos pés, e colocou - a aos pés de um flamboyant onde as fadas costumam dançar. À sua frente, colocou uma tigela de inhame assado, amarrou a ponta de um cipó em sua cabeça, e foi se esconder atrás de um arbusto próximo, segurando a outra ponta do cipó, e esperou.
Minutos depois, chegou Moatia, a fada que nenhum homem viu. Ela veio dançando, dançando, dançando, como só as fadas africanas sabem dançar, até aos pés do flamboyant. Lá, ela avistou a boneca e a tigela de inhame.
Bebê de borracha - disse a fada - estou com tanta fome, poderia dar - me um pouco do seu inhame?
Ananse puxou a sua ponta do cipó para que parecesse que a boneca dizia sim com a cabeça, a fada, então, comeu tudo, depois agradeceu:
_Muito obrigada bebê de borracha.
Mas a boneca nada respondeu, a fada, então, ameaçou:
Bebê de borracha, se você não me responde, eu vou te bater.
E como a boneca continuou parada, deu - lhe um tapa ficando com a mão presa na sua bochecha cheia de cola. Mais irritada ainda, a fada ameaçou de novo:
_Bebê de borracha, se não me responde, eu vou lhe dar outro tapa.
E como a boneca continuou parada, deu - lhe um tapa ficando agora, com as duas mãos presas. Mais irritada ainda, a fada tentou livrar - se com os pés, mas eles também ficaram presos. Ananse então, saiu de trás do arbusto, carregou a fada até a árvore onde estavam Osebo e Mmboro dizendo:
Agora Mmoatia, você está pronta para encontrar Nyame o Deus do céu.
Ai, ele foi a casa de Ianysiá sua velha mãe, sexta filha de sua avó e disse:
_Ianysiá venha comigo vou dá - la a Nyame em troca de suas histórias.
Depois ele teceu uma imensa teia de prata em volta do leopardo, dos mrimbondos e da fada, e uma outra que ia dochão até o céu e por ela subiu carregando seus tesouros até os pés do trono de Nyame.
Ave Nyame! - disse ele - aqui está o preço que você pede por suas histórias; Osebo, o leopardo de dentes terríveis, Mmboro, os marimbondos que picam como fogo e Moati, a fada que nenhum homem viu. Ainda lhe trouxe Ianysiá minha velha mãe, sexta filha de minha avó.
Myame ficou maravilhado, e chamou todos de sua corte dizendo:
O pequeno Ananse, trouxe o preço que peço pelas minhas histórias, de hoje em diante e para sempre, elas pertencem a Ananse e serão chamadas de histórias do Homem Aranha! Cantem em seu louvor!.
Ananse maravilhado, desceu por sua teia de prata levando consigo o baú das histórias até o povo de sua aldeia, e quando ele abriu o baú, as histórias se espalharam pelos quatro cantos do mundovindo chegar até aqui. Entrou por uma porta, saiu pela outra, quem quiser que conte outra.
(Mito africano de pelo menos 400 anos enviado por Roberto Isler)
Kwaku Ananse, o homem Aranha, queria comprar as histórias de Nyame, o Deus do céu, para contar ao povo de sua aldeia, então por isso um dia, ele teceu uma imensa teia de prata que ia do céu até o chão e por ela subiu. Quando Nyame ouviu Ananse dizer que queria comprar as sua histórias, ele riu muito e falou:
_ O preço de minhas histórias, Ananse, é que você me traga Osebo, o leopardo de dentes terríveis, Mmboro os marimbondos que picam como fogo e Moatia a fada que nenhum homem viu.
Ele pensava que com isso, faria Ananse desistir da idéia, mas ele apenas respondeu:
_Pagarei seu preço com prazer,ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.
Novamente o Deus do céu riu muito e falou:
_Ora Ananse, como pode um velho fraco como você, tão pequeno, tão pequeno, tão pequeno, pagar o meu preço?
Mas Ananse nada respondeu, apenas desceu por suas teias de prata que ia do céu até o chão para pegar as coisas que Deus exigia. E correu por toda a selva até que encontrou Osebo, leopardo de dentes terríveis.
Aha, Ananse!. Você chegou na hora certa para ser meu almoço.
Oque tiver de ser será, disse Ananse. Mas primeiro vamos brincar do jogo de amarrar?
O leopardo que adorava jogos, logo se interessou.
Como se joga esta jogo?
Com cipós, eu amarro você pelo pé e pelo pé com o cipó, depois eu desamarro, ai, é a sua vez de me amarrar. Ganha quem amarrar e desamarrar mais depressa.
Muito bem - rosnou o leopardo que planejava devorar o Homem Aranha assim que o amarrasse.
Ananse, então, amarrou Osebo pelo pé, pelo pé, pelo pé e pelo pé, e quando ele estava bem preso, pendurou - o amarrado a uma árvore dizendo:
_Agora Osebo, você está pronto para encontrar Nyame o Deus do céu.
Ai, Ananse cortou uma folha de bananeira, encheu uma cabaça com água e atravessou o mato alto até a casa de Mmboro. Lá chegando, colocou a folha de bananeira sobre sua cabeça, derramou um pouco de água sobre si, e o resto sobre a casa de Mmboro dizendo:
_ Está chovendo, chovendo, chovendo, vocês não gostariam de entra na minha cabaça para que a chuva não estrague suas asas?
Muito obrigado! Muito obrigado! - zumbiram os marimbondos entrando para dentro da cabaça que Ananse tampou rapidamente.
O homem Aranha, então, pendurou a cabaça na árvore junto a Osebo dizendo:
_Agora Mmboro, você está pronto para encontrar Nyame o Deus do Céu.
Depois, ele esculpiu uma boneca de madeira, cobriu - a de cola da cabeça aos pés, e colocou - a aos pés de um flamboyant onde as fadas costumam dançar. À sua frente, colocou uma tigela de inhame assado, amarrou a ponta de um cipó em sua cabeça, e foi se esconder atrás de um arbusto próximo, segurando a outra ponta do cipó, e esperou.
Minutos depois, chegou Moatia, a fada que nenhum homem viu. Ela veio dançando, dançando, dançando, como só as fadas africanas sabem dançar, até aos pés do flamboyant. Lá, ela avistou a boneca e a tigela de inhame.
Bebê de borracha - disse a fada - estou com tanta fome, poderia dar - me um pouco do seu inhame?
Ananse puxou a sua ponta do cipó para que parecesse que a boneca dizia sim com a cabeça, a fada, então, comeu tudo, depois agradeceu:
_Muito obrigada bebê de borracha.
Mas a boneca nada respondeu, a fada, então, ameaçou:
Bebê de borracha, se você não me responde, eu vou te bater.
E como a boneca continuou parada, deu - lhe um tapa ficando com a mão presa na sua bochecha cheia de cola. Mais irritada ainda, a fada ameaçou de novo:
_Bebê de borracha, se não me responde, eu vou lhe dar outro tapa.
E como a boneca continuou parada, deu - lhe um tapa ficando agora, com as duas mãos presas. Mais irritada ainda, a fada tentou livrar - se com os pés, mas eles também ficaram presos. Ananse então, saiu de trás do arbusto, carregou a fada até a árvore onde estavam Osebo e Mmboro dizendo:
Agora Mmoatia, você está pronta para encontrar Nyame o Deus do céu.
Ai, ele foi a casa de Ianysiá sua velha mãe, sexta filha de sua avó e disse:
_Ianysiá venha comigo vou dá - la a Nyame em troca de suas histórias.
Depois ele teceu uma imensa teia de prata em volta do leopardo, dos mrimbondos e da fada, e uma outra que ia dochão até o céu e por ela subiu carregando seus tesouros até os pés do trono de Nyame.
Ave Nyame! - disse ele - aqui está o preço que você pede por suas histórias; Osebo, o leopardo de dentes terríveis, Mmboro, os marimbondos que picam como fogo e Moati, a fada que nenhum homem viu. Ainda lhe trouxe Ianysiá minha velha mãe, sexta filha de minha avó.
Myame ficou maravilhado, e chamou todos de sua corte dizendo:
O pequeno Ananse, trouxe o preço que peço pelas minhas histórias, de hoje em diante e para sempre, elas pertencem a Ananse e serão chamadas de histórias do Homem Aranha! Cantem em seu louvor!.
Ananse maravilhado, desceu por sua teia de prata levando consigo o baú das histórias até o povo de sua aldeia, e quando ele abriu o baú, as histórias se espalharam pelos quatro cantos do mundovindo chegar até aqui. Entrou por uma porta, saiu pela outra, quem quiser que conte outra.
(Mito africano de pelo menos 400 anos enviado por Roberto Isler)