segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Correndo da Morte




Dizem que a morte é descanso
Eu digo: prefiro viver cansado
Se morro não danço
Se danço não fico estressado
Gosto mesmo é de viver
Mas sempre ciente que o vivente
 
Um dia tem que morrer.
Costumo brincar com Deus
Mesmo que seja uma audácia
Pois não sei ainda como quero morrer.
Espero não merecer, nenhum dos castigos Seus
Quero ainda ver o pé de acácia crescer
Florindo nos campos meus
A criançada a volta dele a correr.
 
Minha mãe sempre dizia
Quero morrer de repente
Pois pra mim esta não serve
Tenho sempre algum trabalho
Começado ou em mente
Que tenho que terminar
Portanto esta que Ele não me reserve
Porque contente não vou ficar.
 
Morrer afogado... Ave Maria!
Esta então, de jeito nenhum.
Só de pensar me dá agonia
Água por todos os lados!
De terra torrão algum
Senhor me livra desta
Que meus dias serão dedicados
A uma vida modesta.
 
Morrer queimado... Cruz credo!
Não desejo nem para o inimigo
Peço a Deus que nos defenda
Que não aconteça comigo
Pois esta nem como emenda
Eu acho que alguém mereça
Dor tão grande ou maior que esta
Duvido que alguém conheça
 
Morrer acidentado ai Jesus!
No meio de tantas ferragens
Senhor me tira destas paragens
Viver muito ainda quero!
Sentir o vento no rosto
Em muitas viagens eu espero!
Aproveitar bem a vida em segurança eu quero.
 
Morrer doente numa cama
Esta chega a me apavorar
Mesmo quem muito nos ama
De cuidar chega cansar
Por isso meu Deus eu peço
Para o Senhor me abençoar
E desta também me livrar.
 
E assim eu vou brincando
Com Deus sempre no coração
Mas parece não estar gostando
Me testa com uma provação
Presenteou-me com uma doença rara
Por isso dependo de todos pra tudo
Sei que sua ira vai passar
E com seu poder vai me curar!

 
Autoria: Maria da Conceição Quirino de Paula - Nina Quirino (contadora de histórias)

Mas não é...



A farinha tá no fogo 

mas não é para tostar,

O botão parou na porta 

mas não é para entrar.

O martelo dá cabeçadas 
mas não é por querer, 
O monjolo sobe e desce 
mas não é para te ver.

O piolho põe o pé na cabeça 
mas não é por prevenção, 
O vaga-lume escolhe o escuro 
mas não é por precisão.

Meu burro morreu 
mas não foi de pensar, 
A preguiça cansou 
mas não foi de trabalhar.

O olho do poço está cheio d'água 
mas não é de mágoa, 
A losna é amarga como fel
mas não é porque ela quer.


Livro: Batata Cozida, Mingau De Cará - Eloí Elisabete Bocheco

sábado, 21 de dezembro de 2019

Um Sonho de Natal





Era uma vez um menino chamado Pedro. Ele adorava quando chegava à época de Natal e sua mãe pegava aquela caixa enorme cheia de enfeites para arrumar a casa.
Pedro estava muito feliz porque o Natal já ia chegar e sua mãe lhe chamou para juntos enfeitar a casa. (tirar a árvore da caixa e começar a enfeitar).
Pedro ficou admirando a árvore e como estava cansado acabou adormecendo e sonhou que estava na fábrica de brinquedos de Papai Noel. (tirar da caixa um Papai Noel).Começaram a conversar e Papai Noel falou que tinha muito serviço, pois as crianças tinham mandado muitas cartas (tirar da caixa um rolo com papel imitando as cartas) pedindo bolas, petecas, boneca e muitas coisas mais e ele precisava fabricar todos os presentes (tirar da caixa jornal e ir fazendo os brinquedos). A mãe de Pedro ainda não tinha terminado de arrumar a casa faltava colocar a meia para Papai Noel colocar os presente (tirar a meia da caixa) e chamou por Pedro para ajudá-la. O menino acordou e contou para a mãe a grande novidade.
- Eu estava ajudando a Papai Noel a fazer os presentes e também preciso escrever uma carta para ele.Como Pedro ainda não sabia escrever sua mãe falou que ele poderia desenhar o que desejava e Papai Noel ia entender o seu pedido. E começou a ajudá-lo a desenhar. (tirar da caixa uma folha de papel e cola colorida, colocar uns pingos dobrar e esfregar a mão fazendo um desenho surpresa. Abrir e imaginar o desenho do pedido). Pedro ficou muito feliz colocou sua cartinha perto da meia e saiu para contar a novidades para seus amigos do Miosótis e ajuda-los a fazer também suas cartinhas. (tirar da caixa folha e cola colorida para as crianças desenharem suas cartinhas).

*Com idéias para contar para os pequenos

A Estrela do Natal






Luzinha era uma estrela bem miudinha que morava lá no céu, misturada com as outras, brincando de piscar. Quando chegava o mês de dezembro, ficava sonhando...
Sonhava ser estrela do Natal, bem brilhante e bonita.
E suspirava: "Como seria bom todo mundo olhando para mim, lá de baixo, com o coração contente!"
Mas ela sabia que não tinha tamanho para isso... Que aquela noite era muito especial e precisava de um brilho bem fortão, que iluminasse os olhos das pessoas.
Parecia mesmo um desejo impossível de realizar. Mas, bem no dia 24, a estrela de Natal ficou doente!
Tudo porque um raio de sol escapou de seu lugar e caiu direto nela. Agora ela estava ardida e toda vermelhinha, sem o brilho de sempre. Até ficar boa, já seria o ano novo.
Então Luzinha teve uma idéia! E o seu sonho salvou aquele Natal. Quem olhava para o céu, nem notava a diferença. Lá estavam todas as estrelas miudinhas, num abraço apertado! Por acaso você saberia, se eu não tivesse contado?


*Histórias para os pequenos