Meu senhor e minha senhora, não há neste mundão de meu Deus, ser vivente de qualidade semelhante a Pedro Malasartes. Em todo canto do mundo, no sertão ou na cidade, no interior ou nos estrangeiros, não há quem nunca tenha ouvido falar ou melhor ainda, quem não tenha participado de uma aventura com este herói, meio bufão, meio herói, justiceiro das malvadezas feitas aos pobres e desvalidos.
Um tipo de arlequim, matuto, sempre
com suas manhas e artimanhas, enganos, astúcias e malandragens enfrentando os
poderosos, reis, coronéis ou mesmo os mais comuns, patrões ignorantes ou
senhores mesquinhos.
Pedro Malasartes, conhecido em vários
países, com nomes diferentes, mas sempre com a mesma esperteza e ladino como
ele só, já passou de norte a sul deste Brasil, mostrando que o pobre pode o ser
pela falta de moeda corrente, mas nunca pela falta de imaginação e esperteza.
Diferente do ditado popular: “Para
Pedro, Pedro para!”, Pedro Malasartes não deve parar nunca com a sua sina.
Fazendo o errado para que as coisas fiquem certas, quer seja vendendo rabinhos
de porco no lugar dos próprios, quer seja oferecendo urubus encantados e
falantes, ensinando a plantar árvores de dinheiro ou receitas de sopa de pedra.
Viva Pedro Malasartes!