O
botão parou na porta mas não é para entrar.
O
martelo dá cabeçadas mas não é por querer,
O
monjolo sobe e desce mas não é para te ver.
O
piolho põe o pé na cabeça mas não é por prevenção,
O
vaga-lume escolhe o escuro mas não é por precisão.
Meu
burro morreu mas não foi de pensar,
A
preguiça cansou mas não foi de trabalhar.
O
olho do poço está cheio d'água mas não é de mágoa,
A
losna é amarga como fel mas não é porque ela quer.
Livro: Batata Cozida, Mingau
De Cará - Eloí Elisabete Bocheco
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