Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam
o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar.
O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para
oferecer seu produto e defender o pão de cada dia.
Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se
elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda.
Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção.
Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se
lentamente pelos ares.
Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de
cor branca.
Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não
soltava. Aproximou-se meio sem jeito e perguntou: "moço, se o senhor
soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?"
O vendedor sorriu, como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a
linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava no ar, disse-lhe:
"Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir."
O menino deu um sorriso de satisfação, agradeceu ao vendedor e saiu saltitando,
para confundir-se com a garotada que coloria o parque naquela tarde ensolarada.
// fonte : http://www.melodia.com.br
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