terça-feira, 23 de agosto de 2011

Às margens do igarapé




Foi numa noite de festa

que seus olhos se cruzaram

quando a Lua ia alta

a dançar se aproximaram

Ele, alegre e bem gentil

Ela, riso juvenil

e logo se apaixonaram



Brincaram a noite inteira,

ela de saia florida,

ele com seu chapéu branco

Com ternura desmedida,

abraços e cafuné

perto do igarapé

até esquecer da vida...



Antes do amanhecer

revela-se o ignoto

segredo particular:

pula nas águas o boto

Mas sempre retornará

e de novo a amará –

ficou o amor em broto.

 


Clarice Villac

22.08.2007





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